sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Na Bienal, bienando...

Não poderíamos deixar de passar por aqui para dizer que,
estaremos,
firmes e fortes,
na VI Bienal Internacional do Livro em Alagoas.

No domingo, 27/10, às 14h, estaremos com a oficina Como Incentivar a Leitura em Casa
na sala Rosália das Visões.

Como nossa proposta é de incentivo POPULAR à leitura,
(e como de qualquer modo não teríamos mesmo grana para um estande)

Terça e quinta, às 10h
 e sábado, às 14h
estenderemos um tapetão com várias atividades como: oficinas (aqui destacamos a oficina de batucagem com a turma do bem do Batuquerê!) , pintura de rosto, contação de história, sorteio de livros e brincadeiras.

O tapetão não seria possível se o espaço não tivesse sido GENTILMENTE (e gratuitamente) cedido pelos organizadores da Bienal, a EDUFAL (E, por isso, segue nossos sinceríssimos agradecimentos pela simpatia com nossa causa): Stella, Sebastião e Carol,  vocês são 1000.

Vamos lá, gente!! Leitura também é saber popular, diversão e envolvimento!

Esperamos vocês por lá.

Wanessa, Monick e Analice
Grupo UNIDOS LEREMOS

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Unidos Leremos na III Conferência Municipal de Cultura!

 
 
 
 
 
Contemplando 18 segmentos - entre eles, livro, leitura e literatura - Maceió agora realiza a III Conferência Municipal de Cultura durante esses três dias (de 8 a 10 de agosto).
 
Depois de uma abertura linda nessa quinta-feira, 08, começam as discussões para implementação de metas para o Sistema Nacional de Cultura. E o Unidos, Leremos está por aqui!
 
De acordo com o caderno de segmentos artísticos e culturais, foram realizadas pré-conferências, onde representantes de cada segmento elaboraram demandas.

Em Livro, Leitura, e Literatura, a meta é aumentar para 4 a média de livros que os maceioenses lêem por ano, fora do aprendizado formal.

Agora senta e reflete...

Entre as (várias e várias pertinentes) propostas para que se atinja esta meta, foram apresentados:

*Criar até 2020 biblioteca escolar em todas as escolas municipais, com acervo  proporcional ao número de alunos. (tá na lei, gente!  Lei Federal n.12.244/2010)
*permanência do bibliotecário nessas bibliotecas, dentro da política de Universalização da Biblioteca Escolar.
* criação de bibliotecas públicas, escolares e comunitárias
*sistematizar informações e dados de banco de consulta de acervos
*otimizar a distribuição e uso dos livros ofertados pelo MEC nas escolas públicas
* criar programas na Secretaria Municipal de Educação para realização de ações permanentes de leitura
*implantar bibliotecas móveis ou criar espaços itinerantes de leitura, sobretudo, na periferia de Maceió.
*realizar cursos para mediadores de leitura
*fomentar edital de mediadores de leitura, grantindo bolsas à realização de ações de leitura
*criar no calendário municipal uma feira ou salão de livros

Vamos acompanhando...
 
 



domingo, 23 de junho de 2013

É só ter vontade - ou, vamos falar sobre a Márcia!

Esta mulher de camisa verde é a Márcia: saiba mais sobre ela.

ela aposentou e decidiu: - vou fomentar a leitura e mudar a cidade de Mata Grande!

Certo. Não foi bem assim.. Começou timidamente, como uma brincadeira. "Pedi que as crianças da periferia  da cidade me enviassem cartas relatando o que gostavam e não gostavam na cidade em que viviam. Quem enviasse, receberia alguns brindes, como cadernos e lápis de cor".

Já vivendo em Maceió há cerca de 30 anos, Márcia pediu para uma parente colocar as cartas feitas pelos pequenos no Correios. O que a professora não esperava era receber em sua porta mais de 20 correspondências com as redações. "Percebi que precisava fazer mais. Eles eram muito interessados, só não tinham oportunidade".

E então ela decidiu: abriria uma biblioteca comunitária. Não em Maceió. Mas lá mesmo, na parte alta da periferia de Mata Grande.

Com a ajuda do marido, Márcia batia de porta em porta à procura de doações de livros nas ruas da cidade sertaneja. "Usávamos o transporte coletivo mesmo".

Faltava o espaço, e a solução foi essa: "aluguei uma casa bem pequena, com valor que eu podia pagar. E aí coloquei as estantes e os livros doados".

Para atrair os novos leitores, criatividade não faltou à professora:

"Fiz maratonas de leitura, onde eles liam e escreviam resumos sobre os livros. Além disso, há oficinas de poesia, leituras na praça e várias outras atividades para chamar atenção", explicou.

Há pouco tempo, em decorrência da falta de segurança na parte alta onde ficava a biblioteca, Márcia precisou mudar o espaço físico da biblioteca comunitária.

"Ela mudou para um lugar perto. Mas ainda assim, quando estávamos mudando, as crianças gritavam 'ô tia, para onde você está levando nossa biblioteca?'" conta, comovida.

Como sempre, a biblioteca comunitária da periferia de Mata Grande é mantida  por parte do salário de Márcia e pelo trabalho de uma voluntária que, com ajuda de custo, aceita ficar meio período todos os dias da semana.

"Ninguém da prefeitura ou do governo procurou para auxiliar. Mas também nunca os procurei. Tenho medo de que fique 'devendo favores' e eles consigam manipular a coisa toda. Quero que a biblioteca continue assim, independente", conta a agente de leitura.

 É Márcia... bem sabemos que enquanto as políticas públicas forem vistas como favores, e que enquanto as legítimas cobranças por direitos - inclusive de cultura - forem vistas como 'pedidos', vai ser muito difícil modificar a realidade do acesso ao livro e à leitura nesse estado.

Entretanto - e talvez por isso mesmo - não podemos deixar de louvar (e homenagear!) iniciativas voluntárias que, indiretamente, mostram que só é preciso vontade para efetuar mudanças reais na comunidade em que se vive (ou não!). Diretamente, essas ações atingem crianças e adolescentes que, por meio da leitura, saberão que há alguma coisa além de todo o contexto que as limita e frequentemente as oprime.

São crianças que podem crescer com outras perspectivas só porque, certo dia, lá perto da casa deles, uma mulher chegou e lhes abriu um novo pequeno grande mundo: uma biblioteca.





quinta-feira, 20 de junho de 2013

De novo novamente: VI Feira de Troca de Livros UNIDOS LEREMOS

PESSOAL, nossa 6a FEIRA DE TROCAS DE LIVROS, está de volta!!!


Neste próximo SÁBADO, dia 22, estaremos mais uma vez realizando essa ação fantástica. No mesmo bat local de sempre. 

Tragam aqueles livros que são figurinha repetida em sua coleção, ou aquele que lhe deram mas não faz muito o seu tipo, ou aquele que já leu e não quer mais, pra trocar por outros que lhe sejam novos conhecimentos, novas sensações, novas emoções!

Rodinha do POSTO 7, às 18 horas. 

Quem não conhece, não pode perder a chance de conhecer.
Quem já conhece, não pode deixar de conferir de novo.


Aguardamos vocês!!!!!!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Aquela nova literatura

A experiência de leitura na internet é fragmentada, uma alternância constante entre vários tipos de texto, eles mesmos fragmentados.

Com a popularização da internet, a literatura passará por uma revolução. O romance morrerá e cederá espaço ao conto, que terá melhor aceitação para um público com déficit de atenção, adaptado à velocidade das novas tecnologias. Mas até mesmo o conto estará irreconhecível daqui a cinco ou dez anos, deformado pelo impacto do hipertexto e dos novos suportes eletrônicos de publicação.

O hipertexto — texto que explora o recurso do hiperlink, permitindo acesso instantâneo a outras partes desse mesmo texto ou de outros textos e conteúdos — enterrará a linearidade e quase todas as estruturas narrativas fundamentais existentes hoje. Os múltiplos caminhos de leitura de “O jogo da amarelinha” passarão a ser regra, ramificando-se para além dos limites físicos do livro de papel. Os limites de um livro poderão ser um site, um conjunto de sites, a internet inteira, o mundo inteiro. A participação do leitor não se reduzirá a virar páginas ou a escolher onde clicar — ele poderá reescrever trechos, adicionar ou apagar conteúdo, intervir de maneiras ainda não previstas. A figura do narrador, tão tematizada e submetida a experiências na literatura pós-modernista, atingirá o paroxismo; a autoria deixará aos poucos de fazer sentido, até ser abolida.

A experiência de leitura na internet é fragmentada, uma alternância constante entre vários tipos de texto, eles mesmos fragmentados. As tradições da prosa literária, picotadas e embaralhadas, vicejarão no miniconto, no microconto, no aforismo, nas tiradas irônicas, no trocadilho certeiro, na informação telegrafada.

A nova narrativa será multimídia. Transitaremos livremente entre texto, voz, música, vídeos, animações, fotos, ilustrações, diagramas. Todas as linguagens existentes hoje serão uma só, e com ela virão novas formas de narrar, de insinuar um subtexto, de construir elipses e significados.

A linguagem escrita, por fim, e se tornará mais sucinta e veloz; novos jargões, predomínio de siglas e contrações, emoticons, promiscuidade inédita entre alfabetos e idiomas. A linguagem das crianças nos chats é um prenúncio da nova linguagem literária.

Descontando alguma pitadinha de sarcasmo, os cinco parágrafos acima descrevem um conjunto de previsões que apareceram na virada do milênio, com o surgimento e popularização da web, e vigoraram em muitos sites literários, artigos de imprensa, discussões acadêmicas, e também na mente de muitos novos autores motivados por preocupações formais. Parte delas sobrevive ainda hoje, em versões mais diluídas ou atualizadas.

A essa altura do campeonato, com um distanciamento de mais de década, já não se pode ignorar que a “revolução literária causada pela internet” não ocorreu. Ou até ocorreu, mas não no sentido de modificar a maneira como escrevemos. Ocorrem mudanças profundas na maneira como lemos, consumimos e debatemos a literatura. Todavia, mesmo pessoas como eu, que fizeram parte da (perdão) “geração internet” mas nunca chegaram a comprar a ideologia da esperada revolução, às vezes ficam perplexas com o fato de que um conto ainda é um conto e um romance ainda é um romance, de que a evolução das formas e linguagens literárias segue atrelada aos mesmos cânones e tradições, alheia aos novos recursos que a tecnologia torna disponíveis.

Muitas tendências que costumavam ser associadas à web, como a escrita autocentrada (o que lá por 1998 alguns chamavam de “egotrip”), podem ter sido incentivadas pela tecnologia até um ponto, mas são decorrência lógica do modernismo, de uma sociedade individualista, e por aí vai. “Por que o romance ainda está aí?” é uma pauta recorrente, e o fato é que está mesmo, nas listas de mais vendidos, nos mais lidos do Skoob, nas premiações, nos favoritos da crítica, nos fenômenos “Harry Potter” e Roberto Bolaño, na constatação de que a literatura de confronto pouco recorre ao digital para tentar sacudir o cânone e os leitores.

Mas é um erro dizer que a nova narrativa dos tempos digitais não se realizou. Ela germinou com os primeiros micreiros, se ramificou nos e-zines e blogs, e hoje se encontra sobretudo nas redes sociais, que incorporaram quase todas aquelas previsões em suas timelines. Quem intuiu aquela nova literatura intuiu o Facebook e assemelhados, os verdadeiros reinos da narrativa fragmentada, multimídia e quase instantânea, fundamentada no hiperlink, onde todo usuário é um pouco personagem e contador de histórias. A unidade estética e o senso de narrativa de alguns Tumblrs são admiráveis.

Enquanto isso, o conto e o romance habitam seu velho jardim, e sabe lá quantas voltas a História teria de dar para torná-los substituíveis. Talvez haja algo perene em suas respectivas formas, cadências e poderes imersivos, características em grande parte imunes às novas tecnologias de comunicação, e das quais não abriremos mão tão facilmente.




A evolução da leitura

Descobri que não sei ler. E que talvez, a maioria das pessoas também não saiba. Sei juntar B com A e captar as informações dos textos e livros que leio, mas captar informações é uma coisa, compreendê-las em seu significado, interpretá-las e transformá-las em conhecimento, é outra. Como muitos leitores médios, fui treinada a decorar fatos, datas e não necessariamente entender o contexto por trás deles, ou analisá-los. E no afogamento de dados que vivemos hoje, isso se torna quase impossível. Você se lembra do trecho mais importante de determinado capítulo ou de um artigo? E o que você aprendeu dele?

Como Adler, o autor do livro “How to read a book”¹ ensina, fazemos o que ele chama de leitura passiva. Você abre o livro, vai lendo página por página, e quando acaba você simplesmente acaba.

Você não pára a leitura em nenhum momento para pesquisar mais sobre aquele assunto, ou pelo menos mais do que as páginas contêm.

Você não investiga, você não duvida, você não relaciona um tema com outro.

Você simplesmente lê.

Diferente de falar ou ensinar, escutar e ler podem se tornar ações passivas por não exigirem esforços de aprendizado, apenas um mínimo de atenção.

Pois se nem atenção conseguimos ter hoje, não admira que o formato mais popular da Internet sejam os recursos visuais – como fotos e gifs animados. Ler dá trabalho. E em um mundo em que se confunde informação com conhecimento, para que ler se as respostas estão a um clique no Google? Para que pensar se os algoritmos entendem suas perguntas antes que você termine de digita-las? É preciso ler. É preciso aprender a ler.

Nesse sentido, talvez os meios digitais sejam uma plataforma poderosa para ajudar as pessoas a aprenderem a ler de verdade. Um matéria do The Guardian², cita experimentos recentes que buscam trazer novas formas de interação entre obra literária e leitor, que vão além da apenas adição de recursos previsíveis. Livros interativos que permitem ao leitor explorar mais detalhes da narrativa se tiver vontade ou marcar as seções que não quer ler; livros com trilha-sonora, com localizador GPS, que poderia alterar o trecho do livro conforme sua localização… as opções são muitas e por enquanto vagas, mas podem sinalizar um interessante caminho para manter a escrita e a leitura de qualidade vivas.

O escritor Will Self³ menciona na matéria as críticas que recebeu por ter feito um livro sem a tradicional divisão por capítulos. Ele respondeu perguntando se por acaso a vida era dividida em capítulos. Da mesma maneira que as tecnologias têm alterado relacionamentos e a forma como nos comunicamos, elas também podem muito bem reinventar as estruturas narrativas atuais. E por que não, torná-las mais interessantes?

Quem sabe em nova forma, clássicos voltem a ser lidos e influenciem uma geração cuja principal forma de leitura diária não costuma passar dos 140 caracteres.

sábado, 1 de junho de 2013

Dez motivos pelos quais você deveria ler todos os dias

Muitos estudantes, cujo primeiro contato com a leitura foi um livro chato, obrigado pelo programa de ensino, reclamam da obrigatoriedade da leitura. Pensando nestes insatisfeitos, o site Universia Brasil, voltado à troca de informações entre estudantes universitários, elenca os dez motivos pelos quais devemos ler todos os dias, segundo especialistas.

Eis a lista:

1. Estímulo mental
Se vamos à academia pra “malhar” o corpo, qaue tal ir a uma biblioteca pra exercitar o cérebro? Ele também necessita treinamento para se manter forte e saudável e a leitura é uma ótima maneira de estimular a mente e mantê-la ativa.


2. Redução do estresse

Nosso ancestrais vivam em ambientes hostis onde tinha que caçar ou evitar de ser caça e as duas únicas estratégias eram atacar ou fugir. Nossos problemas do dia a dia embora forcem nosso corpo a se preparar para um resposta desse tipo, raramente podemos atacar ou fugir (o que lhe aconteceria se você pulasse no pescoço do seu chefe?). Livros de fantasia inserem você em uma nova história diferente da sua, e isso faz com que os níveis de estresse que você viveu no dia são diminuídos radicalmente. Uma história bem escrita pode transportá-lo para uma nova realidade, o que vai distraí-lo dos problemas do momento.


3. Aumento do conhecimento

Ao ler um livro, as informações nele contidas são armazenadas pelo seu cérebro e arquivadas. Mesmo que elas não sejam de uso imediato, em algum momento elas poderão ajudá-lo, como em uma entrevista de emprego.


4. Expansão de vocabulário

Mesmo que você não vá ao dicionário a cada nova palavra que você tropeça num texto, o seu cérebro é capaz de contextualizar e apreender o significado de uma nova palavra. Quem lê muito normalmente tem um vocabulário maior do quem lê pouco.
5. Desenvolvimento da memória

Para avançar na leitura de um livro, você tem que lembrar dos personagens, do contexto onde estão inseridos e do enredo. Com certeza, isso é um exercício excelente para sua memória.
6. Habilidade de pensamento crítico

Se você lê livros policiais já deve ter percebido que após algum tempo você se torna capaz de desvendar o mistério antes do fim do livro. Isso demonstra a habilidade de estabelecer conexões, que pode ser obtida por meio da leitura. E não está só restrita a livros de mistério. Você pode ler sobre a economia da Grécia antiga e ter alguma ideia para melhorar seu orçamento doméstico. O sobre a organização de navios piratas e descobrir uma forma de motivar seus funcionários (que não seja fazê-los andar pela prancha…)
7. Aumento de foco e concentração

Num mundo onde sua atenção é solicitada a se desviar a cada segundo (inclusive pelas suas opções de lazer), colocar o foco em um assunto só é um verdadeiro desafio. Livros interessantes e com histórias envolventes podem fazê-lo se desligar do mundo ao redor, fazendo com que sua atenção esteja inteiramente voltada para o que acontece na trama. Embora você não perceba, esse tipo de exercício ajuda você a se concentrar em outras ocasiões, como quando precisa finalizar um projeto urgente.


8. Habilidades de escrita

Quem lê normalmente tem uma escrita melhor, não só pelo aumento do vocabulário, como com frases melhor construídas e textos mais coerentes.


9. Tranquilidade

Se reduzimos o nosso estresse ao ler, os livros são uma ótima maneira de alcançar paz interior e até melhorar seu humor.


10. Entretenimento a baixo custo

Um dos lugaras comuns sobre o livros é que eles nos fazem viajar. Aí está uma viajem de baixo custo! Com um livro somos levados a outra galáxia sem sair de casa.